sábado, 28 de janeiro de 2012

FÓRUM SOCIAL TEMÁTICO: É HORA DE AGIR SOBRE O CÓDIGO FLORESTAL
“nos últimos governos, à traição sistemática de compromissos populares, por causa de acordos com banqueiros e com o agronegócio. Só com pressão Dilma vai cumprir suas promessas”

Antonio Jacinto Índio, de Porto Alegre (RS) 



Durante os três primeiros dias de debate do Fórum Social Temático de Porto Alegre (RS), não houve grandes eventos sobre o tema proposto, em torno da crise mundial, desenvolvimento sustentável, reclicagem, meio ambiente, mudança climáticas e segurança alimentar. O grande debate foi sobre as mudanças no Código Florestal que foi unânime em dizer que somente a mobilização dos movimentos sociais pode conseguir impedir que o retrocesso contido na revisão do texto em tramitação no Congresso Nacional obtenha o veto na sanção presidencial e se transforme em lei.
Representante da CNBB, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, Padre Ari Antônio dos Reis, abriu o debate e defendeu que o Código seja baseado na ética e pautado pela garantia da qualidade de vida das próximas gerações, e não em interesses econômicos imediatistas. “Há um grande hiato entre aquilo que pensa a maioria do Congresso e o que pensa a sociedade civil”, desabafou.

O Deputado Federal Ivan Valente (PSOL-SP) reafirmou que a agricultura familiar, principal responsável pela produção de alimentos no país, foi esquecida no substitutivo. “O Brasil que o agronegócio quer é aquele que concentra renda e terra, é o Brasil desigual que só dá lucro para os exportadores de soja e cana”, criticou.

Rodolfo Mohr, estudante de direito da UFRGS, diretor de movimentos sociais e representante da oposição de esquerda na União Nacional dos Estudantes (UNE), destacou que os estudantes brasileiros estão prontos para saírem às ruas exigindo que a presidente da República vete os dispositivos que promovam novos desmatamentos e que anistiem crimes ambientais. “Temos assistido, nos últimos governos, à traição sistemática de compromissos populares feitos nas campanhas de 2002, 2006 e 2010, por causa de acordos com banqueiros e com o agronegócio. Só com pressão Dilma vai cumprir suas promessas”, disse o dirigente estudantil.

Os palestrantes salientaram, ainda, que a tentativa de modificar o Código Florestal faz parte de uma série de ações voltadas para enfraquecer as legislações ambientais e sociais no Brasil. Foram citadas, ainda, a retirada de poderes do IBAMA no combate ao desmatamento, a alteração do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, as propostas de mudar as leis que regulam a atividade de mineração e a flexibilização de critérios para demarcar e criar novas áreas de terras indígenas, e outros pontos.

 “É hora de agir. Vamos para as ruas e vamos entupir o Palácio do Planalto de cartas e e-mails para que a presidenta Dilma honre seus compromissos, se não conosco, com as gerações futuras”, avaliou João Pedro Stédile, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra e da Via Campesina. “As mudanças propostas são para liberar a apropriação privada da nossa biodiversidade, pois anistiam a todas as agressões praticadas e abrem margem para mais desmatamentos”, completou o dirigente do MST.

Para Maria Cecília Wey de Brito, secretária-geral do WWF-Brasil, o movimento social tentou, durante as discussões no Congresso, melhorarem as proposta do texto, mas ficou claro que não havia espaço para isso. “O substitutivo foi feito às escuras no Congresso, as contribuições dadas pela ciência e pelo movimento social foram ignoradas”, denunciou.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

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MANIFESTO DA PRÉ-CANDIDATURA DE CARLOS GIANNAZI À PREFEITURA DE SÃO PAULO


Nós, que somos paulistanos e queremos o melhor para São Paulo, anunciamos e defendemos a pré-candidatura, pelo PSOL, do professor e deputado estadual Carlos Giannazi por entendermos que o seu nome, além de aglutinar vários canais do partido, catalisa sobretudo amplos setores sociais da cidade de São Paulo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PAREM A DESOCUPAÇÃO NO PINHEIRINHO!

logo SOLred


                                                                 NOTA
Na manhã deste domingo, a Polícia Militar deu cumprimento à decisão da Justiça de São Paulo e iniciou a desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos, onde vivem mais de 6 mil pessoas. A operação da PM, legitimada pelo Tribunal de Justiça, ignora uma decisão liminar do Tribunal Regional Federal, que havia determinado a paralisação da ação. A presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, no entanto, ordenou sua continuidade.
Diante do claro conflito jurídico instalado, o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) apela para que o STJ se posicione rapidamente e impeça que esta violência continue. O direito à propriedade não pode estar acima do direito à vida desta população, sobretudo num momento em que há uma negociação em curso, envolvendo os governos municipal, estadual e federal, os poderes legislativos estadual e federal, a massa falida da Selecta e o próprio Tribunal de Justiça.
Uma vez mais, os interesses da especulação imobiliária estão falando mais alto, numa clara violação do direito à moradia daquela população, que simplesmente não tem para onde ir. É uma vergonha, que depois de oito anos, a Prefeitura de São José dos Campos, privilegiando interesses do mercado imobiliário e de nomes como Naji Nahas, e o governo estadual, que poderia suspender a ação da PM e afirmar a necessidade da continudade da negociação, como prometeu, prefiram que o povo sofra violências e perdas de direitos com a ação da polícia militar.
Neste momento, em que a desocupação está em curso e que os moradores denunciam todos os tipos de agressão, é necessária uma intervenção imediata da Justiça e do governo federal, que também demorou para agir diante da iminência deste conflito. É preciso afirmar que os governos municipal, estadual e federal e a Justiça serão os responsáveis pela ocorrência de mortos e feridos durante a operação, e também por violar o direito à moradia de milhares de brasileiros e brasileiras.
O PSOL reafirma seu compromisso com o povo do Pinheirinho, se somando às vozes que, no país inteiro, entendem que esta é uma questão social, que não deve ser tratada com ação policial. Pedimos justiça, o fim da repressão ao moradores e a paralisação da desocupação do Pinheirinho.

PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE – 22 de Janeiro de 2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Todo apoio ao Ato mundial hoje das 6:00 às 18:00 em protesto contra a censura na internet!

De Juntos

Hoje, 18 de janeiro de 2012, acontece o maior protesto da história da internet. Milhares de sites, incluindo alguns dos maiores do mundo (como a Wikipedia em inglês), estão passando o dia fora do ar para sensibilizar sobre os projetos de lei de censura da internet que estão circulando na câmara dos deputados e no senado estado-unidense, respectivamente SOPA e PIPA. Nós também estamos participando dessa iniciativa aqui do Brasil. Entenda o porquê:

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012


POLÍCIA É O BRAÇO ARMADO DOS CAPITALISTAS PARA GARANTIR O LUCRO

Manifestações contra os aumentos nas passagens de ônibus, em Teresina e Vitória. Aconteceu com grande enfrentamento entre os estudantes e a polícia.
Sobre este tema, cabe ressaltar que, além dos lucros das empresas de ônibus, tais aumentos servem, em última análise, para o pagamento da dívida pública, dado que grande parte do valor das caríssimas tarifas de ônibus serve ao pagamento dos também caríssimos combustíveis, que por sua vez geram lucros para a Petrobras. E para onde vão estes lucros?
Parte destes lucros é distribuída aos sócios da Petrobrás, ou seja, os investidores privados e o governo federal que, conforme dispõe a Lei 9.530/1997, destina tais lucros ao pagamento da dívida pública. Isto sem falar nos altíssimos tributos que encarecem os combustíveis e outros custos embutidos nas tarifas de ônibus, que também são destinados ao pagamento da dívida.
Relativamente ao ano de 2010, a Petrobrás distribuiu R$ 11,7 bilhões de lucros a seus acionistas, valor este que seria suficiente para pagar uma passagem de R$ 2,10, de ida e volta durante os 365 dias do ano, para 7,6 milhões de pessoas.
Este episódio mostra mais uma vez que, apesar da grande imprensa e o governo culparem os trabalhadores assalariados pela inflação – para depois justificarem a política de altas taxas de juros – a alta de preços no país tem sido estimulada, principalmente, por tarifas definidas pelo próprio setor público.

Um olhar sobre Havana

Olhar sobre Havana, por Luciana Genro

Cuba é um país complexo. Não é fácil, portanto, emitir uma opinião equilibrada, não  maniqueísta. Em geral as paixões  nos cegam. Quem é socialista, como eu, fica com o estômago virado ao ouvir os profetas do capitalismo, aqueles que endeusam  a sociedade consumista, abissalmente desigual e  superficial, atacarem Cuba. Eles criticam a falta de democracia em Cuba, mas nunca criticam a democracia dos ricos, onde as eleições são a festa dos endinheirados. Enchem a boca para falar que os cubanos “não podem nem comprar um tênis Nike”, mas não falam dos meninos que matam e morrem  por um tênis Nike nas terras da democracia do capital. Se horrorizam com a pena de morte em Cuba, mas não se importam com as execuções sumárias protagonizadas pelas milícias e pelas polícias nos países onde impera o “devido processo legal”.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012


ENTREVISTA ILDO SAUER - Revista ADUSP

"O ato mais entreguista da história foi o leilão de Petróleo Para Eike Batista"

ENTREVISTA ILDO SAUER

O professor Ildo Luís Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE-USP), se diz um “fruto do programa nuclear brasileiro”, pois, quando estudante, o regime militar — interessado em formar quadros para tocar as dezenas de usinas que pretendia construir no país após o acordo com a Alemanha — lhe concedeu bolsa de iniciação científica, “bolsa para fazer o mestrado e o doutorado em engenharia nuclear e outras coisas mais”. Ao longo de sua trajetória acadêmica, porém, Sauer convenceu-se de que a energia nuclear não convém ao Brasil, e passou a dedicar-se mais à energia elétrica e ao petróleo.



Foi diretor de Gás e Energia da Petrobras entre 2003 e 2007, período que cobriu o primeiro mandato do presidente Lula e o início do segundo, e no qual tinha a expectativa de amplas mudanças na área de energia e petróleo. Orgulha-se de haver participado das decisões que levaram à descoberta das jazidas do Pré-Sal. Mas frustrou-se ao constatar que, ao invés da reforma que ele e o físico Pinguelli Rosa propuseram a pedido do próprio Lula, o governo tomou medidas que fortaleciam os agentes privados, em detrimento das empresas públicas e da sociedade em geral.

Nas páginas a seguir Sauer desfecha contundentes ataques às políticas de energia do governo, com destaque para a continuidade do modelo do setor elétrico herdado de Fernando Henrique Cardoso e — em especial — para a realização do leilão de “áreas de risco” da franja do Pré-Sal que acabaram por ser arrematadas por Eike Batista e sua OGX, fazendo desse empresário um dos homens mais ricos do mundo. O diretor do IEE não mede palavras ao opinar sobre o que ocorreu: “O ato mais entreguista da história brasileira, em termos econômicos. Pior, foi dos processos de acumulação primitiva mais extraordinários da história do capitalismo mundial. Alguém sai do nada e  em três anos tem uma fortuna de bilhões de dólares”.

Quanto à contestada Belo Monte, Sauer, diferentemente de uma parte dos críticos, considera que a usina preenche todos os requisitos técnicos de operação. O problema, afirma incisivamente, “não é técnico, não é econômico, o problema lá é simplesmente político”, porque, em função dos erros do governo e da falta de planejamento,“ressuscitou-se um projeto longamente gestado pelo governo militar”, e assim “de certa forma um governo democrático e popular se serve da espada criada pelos militares para cravá-la no peito dos índios e camponeses, com métodos que não deixam nada a dever à ditadura de então, em relação à forma como a usina foi feita, de repente”.

Procuradas pela reportagem, as assessorias de comunicação da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula informaram que eles não comentariam as declarações do professor.

A entrevista foi concedida a Pedro Estevam da Rocha Pomar e Thaís Carrança e ao repórter-fotográfico Daniel Garcia

Revista Adusp. Recentemente assistimos a algo impensável em outras épocas: o Procon-SP, pertencente ao governo estadual do PSDB, solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) intervenção na AES-Eletropaulo, uma empresa privatizada pelos próprios tucanos na década de 1990. O pedido decorria da constatação de que a AES mostrou-se totalmente incapaz de restaurar a energia em diversos bairros de São Paulo, dias depois de uma tempestade que derrubou o abastecimento. Mas a resposta do diretor da ANEEL também foi surpreendente: ele ironizou a solicitação, dizendo que se tivesse de intervir em uma concessionária teria de intervir em todas, tais as deficiências existentes. Como você avalia essa situação de apagões, de desrespeito à lei e de incertezas no tocante às questões que envolvem a distribuição e o consumo de energia elétrica no país? Lembrando que o próprio campus do Butantã da USP tem sofrido apagões. 

ILDO SAUER. A própria pergunta já é uma resposta e serve para reafirmar a perplexidade diante do relatado e o grau de irresponsabilidade de todos os últimos governos. Nos anos 1990, em que venderam a pílula mágica da privatização como saída e cura para todos os males, a promessa então era aumento da qualidade e redução do preço. Hoje, a qualidade está completamente deteriorada e o Brasil, para os consumidores cativos, tem a tarifa mais cara do mundo. Isso é uma tragédia e causa perplexidade. Mais ainda, o regime tucano foi que deu início e continuou as propostas proclamadas pelo governo Collor do neoliberalismo, então não deixa de ser uma fina ironia que agora eles próprios se revoltem, os criadores contra suas criaturas. Mas não podemos deixar de perceber também que essa criatura foi tratada a pão-de-ló e com muito carinho pelos oito anos de governo Lula e o primeiro ano do governo Dilma Rousseff. A ocasião para reformular todo esse modelo era 2003. 

O governo Lula, em parte, nasceu da derrocada do neoliberalismo consolidada pelo racionamento de energia elétrica de 2001. Os múltiplos apagões, “apaguinhos” e o racionamento de uma certa forma foram a pá de cal. Então, dentro do Instituto de Cidadania, dentro do Partido dos Trabalhadores, gestou-se uma proposta muito abrangente, que daria conta da reconstrução do setor elétrico brasileiro. Aliás, esse é o título de um livro cujos principais autores somos nós e o professor Pinguelli Rosa, uma equipe aqui da USP, uma equipe da UFRJ, feito a pedido do então candidato, depois eleito presidente, e da sua ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Ficou pronto no final de 2002 [A reconstrução do setor elétrico brasileiro, Campo Grande: Paz e Terra, 2003]. O que causa perplexidade é que, ainda que em grande parte a proposta lá consolidada teria reconstruído o setor elétrico, o fato é que a lenta, gradual, porém contínua metamorfose no seio do governo, a partir de 2003, metamorfoseou aquela proposta numa outra: aquela onde, declaradamente — em apresentações públicas da então ministra de Minas e Energia e de sua assessora jurídica, Erenice Guerra — dizia-se claramente que o novo modelo não é fruto de uma decisão do governo e, sim, uma agenda negociada com os agentes; que o governo só se manteve no papel de árbitro, quando havia divergências. Negociada entre os mesmos operadores de negócios que levaram ao racionamento de 2001 e aos apagões.

domingo, 8 de janeiro de 2012


DILMA TIRA DINHEIRO DOS POBRES E TRABALDORES E REPASSA AOS BANCOS
O Orçamento da União para 2012, prevê a destinação de R$ 1,014 trilhão para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública (antiga dívida externa que foi repassada para os bancos brasileiros), o que representa 47,19% de todo o orçamento. Enquanto isso será destinados apenas 18,22% para a Previdência Social, 3,98% para a saúde, 3,18% para a Educação, e 0,25% para a Reforma Agrária, conforme se vê no gráfico a seguir.

Apesar de grande mobilização dos aposentados (reivindicando aumento real para as aposentadorias maiores que um salário mínimo) e dos servidores públicos do Judiciário (pela recomposição de perdas inflacionárias), o governo Dilma não acatou nenhum destes pleitos, alegando “falta de recursos” e a crise internacional. Desta forma, o governo “combate” a crise da mesma forma que os países do Norte: cortando gastos sociais para salvar o setor financeiro (Bradesco, Itaú e Santander).

A extrema intransigência da Presidente Dilma gerou revolta entre os parlamentares da própria base do governo. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) chegou a executar uma manobra de “obstrução”, por meio do pedido de verificação de quorum, o que faria a sessão se encerrar, e a votação do orçamento ser adiada para o ano que vem. Porém, diante da pressão da base do governo, Paulo Pereira aceitou retirar o pedido de verificação, aceitando em troca apenas a promessa do governo de que irá negociar tais pleitos, além da mera troca do negociador do governo (Duvanier Ferreira seria substituído pela Secretária da Ministra do Planejamento, ou pelo Ministro Gilberto Carvalho). Ou seja: na prática, nada garante que haja um aumento nos recursos para os aposentados ou servidores públicos.
As aposentadorias no valor de um salário mínimo receberão um aumento real, equivalente aos 7,53% aplicados ao salário mínimo. Apesar de o governo festejar este aumento, cabe ressaltar que, desta forma, o governo Dilma acumulará, em seus dois primeiros anos, um aumento real médio anual de 3,4%, inferior até mesmo à média de FHC. Continuando-se nesta média anual, serão necessários 37 anos para se chegar aos R$ 2.349,26 exigidos pelo art. 7º, IV da Constituição, que garante um salário que garanta “moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social”.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012


Juntos no Grêmio Instituto Federal de Brasília

          Após passar por um processo de greve de professores com uma atuação protagonista dos estudantes, onde tivemos a ocupação do campos central do Instituto Federal de Brasília, os alunos do IFB do campos de Planaltina resolveram tomar em suas mãos seus destinos, e no dia 21 de Dezembro a comissão pro grêmio realizou um evento denominado “Mostre sua cara e venha Juntos conosco pintar cartazes”, a atividade tinha entre outra pautas o lançamento do processo que culminará com a formação do grêmio estudantil, e a reivindicação da regularização das bolsa Permanência sintetizado na frase “CADÊ NOSSO DINHEIRO”.
          A atividade teve várias atrações musicais e culturais realizadas pelos próprios estudantes incluindo esportes e brincadeiras interativas com o intuito de atrair cada vez mais os demais estudantes em prol de nossas lutas. O novo grêmio possibilitará aos estudantes lutarem por seus direitos dentro e fora da instituição, possibilitando a conscientização e a politização de nossa Juventude. É com satisfação que ressaltamos o apoio recebido do movimento “Juventude Juntos”
nessa difícil tarefa de implementação do grêmio estudantil em nossa instituição, e em todas as demais lutas, pois esse e um momento de politização e aprendizagem para todos, e somente juntos podemos alcançar vitorias.
Juntos no Grêmio IFB!      

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012


Orçamento da União em 2011, feito para enganar o povo.

Os jornais tem destacados  o direcionamento político de verbas gastas em 2011 na prevenção de enchentes no âmbito do Programa “Prevenção e Preparação para Desastres”, das quais 90% foram destinadas a Pernambuco, o Estado do Ministro da Integração Nacional.
Diante disso, cabe comentarmos que, desta forma, a imprensa dá a entender que a principal solução para o problema das chuvas seria uma mera redistribuição espacial dos recursos originalmente programados no orçamento.
Porém, cabe ressaltar que toda esta grande discussão e polêmica é feita em cima de um valor total de R$ 28,4 milhões, valor este equivalente a apenas 21 minutos de pagamento de juros e amortizações da dívida, que no ano passado consumiu nada menos que R$ 708 bilhões.
Conforme mostra o Dividômetro da Auditoria Cidadã da Dívida, este valor significou 45% dos recursos do Orçamento Geral da União. Enquanto isso, apenas 3% foram destinados à Educação, 4% para a Saúde e 0,12% para a Reforma Agrária.

 Orçamento Geral da União de 2011, por Função - Executado até 31/12/2011 - Total: R$ 1,571 Trilhão

Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida. Fontes:
http://www8a.senado.gov.br/dwweb/abreDoc.html?docId=20715 - Transferências a Estados e Municípios (Programa "Operações Especiais - Transferências Constitucionais e as Decorrentes de Legislação Específica")


Nota 1: As despesas com a dívida e as transferências a estados e municípios se incluem dentro da função "Encargos Especiais".
Nota 2: O gráfico não considera os restos a pagar de 2011, executados em 2012.

 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Revisitando a Venezuela - Sobre a ideologia da Revolução Bolivariana  
Miguel Urbano Rodrigues, de Vila Nova de Gaia, 12 de Dezembro de 2011
No final de Novembro e início de Dezembro participei a convite do Ministerio da Cultura da Venezuela no VI Foro Internacional de Filosofia de Maracaibo, que se desdobrou pelos 23 Estados do país e cuja sessão de encerramento se realizou em Caracas. O título do evento pode confundir porque muitos dos participantes (metade venezuelanos) e dos estrangeiros, vindos de quase trinta países da America, Asia, Africa e Europa eram sociólogos, historiadores e escritores. Não foram apresentadas comunicações. O Foro promoveu debates em quatro Mesas sobre o tema central do Encontro: Estado, Revolução e Construção de Hegemonia. Tudo foi atípico numa iniciativa que reuniu intelectuais com formações muito diferentes que encaram as transformações da sociedade, as rupturas revolucionárias e o socialismo como alternativa ao capitalismo sob perspectivas não coincidentes. O Foro, dedicado a Frantz Fanon, abriu com uma conferência de Garcia Linera, o vice-presidente da Bolívia, e fechou com a aprovação de uma Declaração Final numa sessão presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros. Aos participantes estrangeiros foi oferecida a oportunidade de visitar em equipas de dois, as capitais dos Estados da Republica onde pronunciaram conferências sobre o tema geral do Foro e conviveram com colectivos de conselhos comunais. À margem do programa foi para mim gratificante e importante reencontrar amigos da América Latina que não via há anos. 
Feliz 2012 
Amigos do Centro Histórico de Planaltina
2011 foi um ano valoroso para os Amigos do Centro Histórico. Escolhemos duas fotos representativas do ano que se finda e do que vai começar. A primeira é de uma criança que em visita a exposição “Objetos de uma Folia” identificou a mãe no mural de fotos. Esse é o presente idealizado por nós quanto ao MHAP-Museu Histórico e Artístico de Planaltina: que todo cidadão de Planaltina se sinta representado quanto ao seu valor na história da cidade. A segunda é das obras de coleta de material para exame do solo ao redor da Igrejinha para avaliar a sua estrutura. Esse é o futuro: lutar pela restauração da Igrejinha São Sebastião assim como de todo o patrimônio arquitetônico de Planaltina como forma de manter todo o contexto histórico passado, presente e futuro. É dever de todo cidadão preservar seu patrimônio. Planaltina é um lugar nobre, mas esquecido, mutilado e nossa memória dilapidada. Precisamos mudar nossas cabeças e vislumbrar um futuro próximo, com Planaltina vista pela sua tendência natural que é o turismo seja cívico, histórico, de aventura, religioso, etc. Obrigada aos parceiros, sigamos juntos... Feliz 2012...

Working Class Hero

John Lennon


Herói da Classe Trabalhadora

Logo que você nasce, fazem você se sentir pequeno
Não lhe dando coisa alguma, nem sequer tempo
Até que a dor é tão grande que você não sente mais nada
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Magoam você em casa e te batem na escola
Eles te odeiam se você é esperto, desprezam se é um idiota.
Até que você esteja tão louco que não consiga seguir as regras deles
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser

Após te torturarem e assustarem por vinte estranhos anos,
Então esperam que você escolha uma carreira,
Quando você não consegue mais funcionar, está tão cheio de medo.
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser

Mantendo você dopado com religião, sexo e TV
Você pensa que você é tão esperto, sem classe e livre
Mas você continua sendo apenas um plebeu fodido até onde consigo ver.
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser

Há um lugar ao sol, eles continuam a te dizer
Mas primeiro você precisa aprender como sorrir enquanto mata.
Se você quer ser como o povo do topo do monte
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser

Se quiser ser um herói, bem, apenas me siga
Se quiser ser um herói, bem, apenas me siga.