sábado, 26 de maio de 2012


Crescimento engarrafado

O governo Dilma está se especializando em vender gato por lebre, como se diz. O grau de hipocrisia e de enganação chega a níveis assustadores. Porém, uma contradição em especial salta aos olhos: o país sede da Rio+20 faz um pacote para incentivar a compra e a produção frenéticas de automóveis!
O Brasil sediará a Rio+20, que supostamente está preocupada em criar mecanismos de proteção ao meio ambiente e isto traz à tona o questionamento de, afinal, que tipo de crescimento estamos interessados? Evidentemente, sabemos que a chamada “economia verde”, mencionada no Draft Zero está muito mais interessada em transformar o verde em negócio, como sugere Hans Jöhr, e a ONU pode ser um bom canal para ganhar tal invólucro. Este certamente não é o caminho. O essencial não é substituir cosmeticamente as matrizes energéticas, produtivas e de consumo, mas fundamentalmente uma ruptura substantiva com a lógica de reprodução do sistema que, por priorizar o lucro, é potencialmente destrutivo.

quinta-feira, 24 de maio de 2012


Eduardo Paes pode ficar sem lenço e sem documento

Por Taciano, Gama Livre
A disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro vai ferver. O atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB), se enrola cada vez mais à frente do governo municipal e, de quebra, sua imagem se identifica com a de Sérgio Cabral, o governador de Paris, ops, do Estado do Rio.

Cabral, amigão do dono da Delta, aquele enrolado com o Pac e o Cachoeira, está com o prestígio, como diz o baiano, “4 dedos abaixo do fundo do cachorro”. E olha que o cachorro aí é daqueles bem baixinhos. Não consegue transferir prestígio —pois não os tem mais—, mas fluidos ruins para Eduardo Paes.

quarta-feira, 23 de maio de 2012


CPI do Cachoeira – a mensagem de celular diz tudo

Por Roberto Robaina*, em Sul21
O cinegrafista do SBT deve ganhar um prêmio. Ele deu um flagrante num dos principais líderes do PT. Provou a operação política para impedir que a CPI realize um trabalho sério e investigue o governador fluminense. Com um movimento rápido e preciso, filmou a mensagem que Cândido Vaccarezza, deputado federal do PT e ex-líder do governo Dilma na Câmara dos Deputados, enviou por celular para o governador Sérgio Cabral: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu” (sic). O PT deixava claro que iria garantir a não convocação do governador na chamada CPI do Cachoeira. Essa CPI, aliás, já tem se mostrado a CPI mais lenta dos últimos vinte anos. Não podia ser diferente: PT e PSDB têm um pacto para que tudo termine em pizza.

Solidariedade com Syriza
PSOL

Na Grécia os trabalhadores e o povo em geral resistem bravamente com mobilizações em massa e greve geral desde 2009 aos planos de ajuste da crise ditados pelo capital financeiro e as classes dominantes européias. Pela primeira vez desde que a crise começou em 2007, há a possibilidade de se ter um governo que sirva aos interesses da população grega. A Grécia está falida e seu povo na miséria. Respondendo fielmente aos interesses da ditadura dos mercados de capitais financeiros os últimos governos gregos reduziram salários, elevaram as taxas de desemprego a mais de 20%, alcançando 50% entre os jovens, e uma dívida impagável com o capital internacional. Na prática privatizam os lucros e socializam os prejuízos.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Nada Deve Parecer Impossível de Mudar
Por Roberto Robaina, no Facebook
Estive reunido com Marcelo Freixo em seu apartamento no Rio de Janeiro. Como sempre, recebido com carinho e fraternidade por ele e sua camarada e esposa Renata. Foi um tarde de sábado excelente. Nossa reuniao tratou da situação do país e do PSOL. Expressei a alegria de nossos militantes com a possibilidade real do PSOL ser uma alternativa política numa das mais importantes cidades do país. Uma combinação de fatores com certeza fará das eleições de lá um fato histórico. O rio pode estar mostrando o caminho do Brasil. O trabalho e o talento de Marcelo tem sido fundamentais neste sentido. Nos orgulhamos de estar entre os fundadores do PSOL e de ter ele como camarada.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Caetano Veloso - Nanda e Freixo

 (Marcelo) Freixo se impôs por sua capacidade de mudar o tom do ambiente político do Rio

 

Fernanda Torres, um fenômeno de talento cênico, impressiona também pela lucidez com que pensa, fala e escreve. Eu, que aqui exponho tão repetidas vezes os males de uma tradição retórica fincada no barroco do Padre Antônio Vieira, invejo a clareza dela. Num artigo seu que acabo de ler na “Folha de S.Paulo”, Nanda fecha a lúcida apreciação que fez do encontro em torno de Marcelo Freixo, pré-candidato à Prefeitura do Rio, a que ela foi convidada, com a constatação de que “o problema é que a política não tem centro”. Ela estava se referindo à dificuldade de se decidir por um candidato que parece recusar-se a se abrir ao interesse privado, quando os que não temem parecer presa destes se mostram dinâmicos e positivos. Em suma, ela (que descrê da força da opinião de artistas sobre os eleitores) compara a reunião com Freixo a outra a que também compareceu e que se dava em torno de Sérgio Cabral. Ficou-lhe a impressão de que Freixo representaria a militância imaculada e o isolamento, ao passo que Cabral (“apesar de e por causa de Paris”) seria mais realista.

A novidade é Carlos Giannazi

Por Maurício Costa de Carvalho*

A última pesquisa do Ibope sobre as eleições paulistanas praticamente repete a última do Datafolha. Com um detalhe que pode passar desapercebido para muita gente mas que não é insignificante: na primeira vez em que aparece oficialmente como pré-candidato à prefeitura, o deputado estadual Carlos Giannazi do PSOL já pontua. Para esta pesquisa, que tem o intuito de avaliar o quanto são conhecidos os nomes apresentados para a disputa eleitoral, o surgimento de Giannazi é a novidade, uma importante surpresa.
Giannazi foi o último pré-candidato a ser definido, há pouco mais de um mês. Praticamente não teve exposição na mídia, não é uma figura da política nacional nem foi apresentador de TV como é o caso de outros pré-candidatos, não presenteia milhares de pessoas com livros seus, não é “dono” de máquinas sindicais e estudantis e não tem apoio de pré-candidatos a vereador que já são parlamentares ou nomes consolidados na política.

Luciana Genro representa PSOL na Grécia


Estou embarcando hoje para uma viagem muito especial. Irei a Atenas, Grécia, para levar ao Syriza, Coalizão da Esquerda Radical, o apoio e entusiasmo do PSOL pela luta do partido junto povo Grego contra o brutal ajuste imposto pela união Européia.O Syriza, que consideramos um partido irmão do PSOL, obteve um desempenho extraordinário nas eleições parlamentares do domingo, dia 6 de maio, obtendo 16,7% dos votos e 52 deputados, tornando-se a segunda força política grega. A imprensa européia é unânime em apontar o Syriza como o grande vencedor das eleições. Chamado de “a estrela emergente da esquerda” pelo jornal El País, Alexis Tsipras,principal líder do Syriza, tornou-se o porta voz da indignação popular frente à terrível crise econômica que atravessa o país, e cujo custo está sendo despejados nas costas dos trabalhadores, servidores públicos e aposentados. Ataques brutais que tem como objetivo garantir os interesses do capital financeiro, que exige cortes nos gastos públicos para seguir cobrando os juros da dívida.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Estado máximo, só para os bancos



por Maria Lucia Fattorelli [*]

Em meio a insistentes ataques da grande mídia à "corrupção" de autoridades dos três poderes institucionais, uma verdadeira corrupção institucional está ocorrendo no campo financeiro e patrimonial do país, destacando-se: privatização da previdência dos servidores públicos, privatização de jazidas de petróleo — inclusive do pré-sal –, privatização dos aeroportos mais movimentados do país, privatização de rodovias, privatização de hospitais universitários, privatização de florestas, privatização da saúde, educação, segurança…