Eduardo Paes pode ficar sem lenço e sem documento
A disputa
pela Prefeitura do Rio de Janeiro vai ferver. O atual prefeito, Eduardo Paes
(PMDB), se enrola cada vez mais à frente do governo municipal e, de quebra, sua
imagem se identifica com a de Sérgio Cabral, o governador de Paris, ops, do
Estado do Rio.
Cabral,
amigão do dono da Delta, aquele enrolado com o Pac e o Cachoeira, está com o
prestígio, como diz o baiano, “4 dedos abaixo do fundo do cachorro”. E olha que
o cachorro aí é daqueles bem baixinhos. Não consegue transferir prestígio —pois
não os tem mais—, mas fluidos ruins para Eduardo Paes.
Na corrida
pela prefeitura da capital do Estado do Rio, chegando vinha o vereador Marcelo
Freixo (Psol), defensor dos direitos humanos e jurado de morte pelas milícias,
que são grupos de bandidos. Por falar em milícias, o maior apoiador da candidatura à
reeleição de Eduardo Paes, o governador Sérgio Cabral, quando do aparecimento
mais ostensivo desses grupos de criminosos chegou a falar na TV que a partir
daquele momento os bandidos iam ver uma coisa. Seriam combatidos também pelas
milícias.
Marcelo
Freixo foi chegando devagar na corrida pela Prefeitura. De mansinho, passou
agora a, talvez, o mais forte concorrente de Eduardo Paes. Fala-se que o
segundo turno na cidade do Rio de Janeiro deverá ser disputado entre Freixo e
Eduardo.
Coisa que não se via há muito tempo nas disputas municipais está
acontecendo com Freixo. Ele está recebendo o apoio de grandes nomes da música
brasileira. Depois dos apoios de Gilberto Gil, Milton Nascimento, Djavan e
Marisa Monte, acaba de receber os de Chico Buarque e Caetano Veloso.
Eduardo Paes
corre grande risco de, a partir de outubro deste ano, época das
eleições, ficar "sem lenço e sem documento". Ou levar um bom tempo
"esperando na janela", como fala a música de Gil.
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