quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

NOVA SITUAÇÃO MUNDIAL E NOVAS TAREFAS PARA A ESQUERDA

II Seminário Internacional da Fundação Lauro Campos e PSOL

De quarta-feira até sexta-feira, 30/11 a 02/12, o PSOL realiza seminário internacional para discutir, apoiar e participar da luta dos oprimidos de todo o mundo. 29 organizações de 25 países vieram para o Brasil especialmente para o evento. Ao final, o encontro dará linhas para o Congresso do PSOL, que acontecerá também em São Paulo a partir de sexta.
Esta é a segunda edição do seminário internacional, sempre antes do Congresso, e o número de organizações internacionais é superior ao primeiro. As razões se devem ao PSOL ter se tornado mais conhecido internacionalmente e o processo revolucionário está num período importante da história com os fatos do ano de 2011, a partir da Revolução Árabe, seguidos dos indignados da Espanha, levantes estudantis no Chile, Ocupe Wald Street, entre outros. “o mar da história está agitado”, já disse o poeta russo Maiakovski.

A mesa da manhã discutiu a crise e a luta de classes mundial e contou com membros de partidos da Tunísia, Palestina, EUA, Grécia, Espanha, Irlanda, Inglaterra, Portugal, Alemanha e França. No período da tarde ocorreram dois paineis paralelos, sobre os rumos da revolução cubana, com o representante do Partido Comunista de Cuba, e sobre o Paquistão e o imperialismo na Ásia, com o LPP – Labour Paquistany Party
Está clara a necessidade da união da esquerda mundial em torno da ação, para fazer frente à atual conjuntura, de resistência aos ataques do capitalismo contra a classe trabalhadora, com demissões, cortes de direitos sociais, privatizações.
Se a esquerda não resistir, politizar e conscientizar o povo trabalhador, o avanço da burguesia aumentará.

Em países onde a crise é mais grave, como a Grécia, a esquerda tem dialogado com o povo, dando-lhe confiança em sua proposta.
Pedro Fuentes, secretário internacional do PSOL, disse que a realidade é mais rica que os antigos esquemas teóricos.
A internet foi colocada como fundamental para reunir a esquerda mundial, de uma maneira aberta e livre.
Roberto Robaina levantou a característica multitudinária dos levantes de massa, além do horizonte longo, de alguns anos do processo atual.
O partido da Grécia colocou que em um ano cresceu de 18% para 51% o desemprego entre os jovens com menos de 25 anos e salários foram cortados em 60%. A Grécia está na linha de frente da revolução e é o momento de divulgar os clássicos, Marx, Trotsky, Rosa Luxemburgo, Lênin.
O representante do Der Linke, o partido socialista revolucionário alemão, diz que o país é imperialista e aponta a grande tarefa colocada para eles, apesar de ser um partido recente, mas já com sucessos, tendo elegido 1,7% dos parlamentares. O Der Linke surgiu do Partido Social Democrata (SPD), o partido de Rosa Luxemburgo, mas que atualmente, por dirigir os sindicatos alemãos, com o sindicalismo de sindicato único, enfraquecendo a luta de classes por tentar salvar o sistema, quando os revolucionários lutam para destruí-lo.

Um comentário:

  1. Decir que Die Linke es un partido socialista revolucionario es mucho decir

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