quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Comissão de Mulheres e esposas de Bombeiros e PM’s do RJ consegue transferência de presos
Em reunião da Comissão de Segurança Pública foi solicitada para ouvir as reivindicações da comitiva das esposas dos militares presos e tentar mediar os conflitos por meio do Congresso Nacional. Durante o evento, foi questionado o tratamento dado aos bombeiros e policiais militares encarcerados em prisão comum, em virtude da greve da categoria nos Estados da Bahia e Rio de Janeiro, bem como os abusos das gravações veiculadas na imprensa que feriram a imunidade parlamentar.

No decorrer da reunião informal da Comissão, realizada na tarde de ontem, em apoio às esposas dos militares presos no Rio de Janeiro, o deputado federal Mendonça Prado (DEM/SE), presidente da Comissão, designou o deputado Dr. Carlos Alberto para entrar em contato com governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a fim de buscar uma solução imediata para a transferência dos militares ou a sua libertação. Ainda no início da noite de terça-feira (14) foi comunicado que os nove bombeiros militares e os 17 PMs que estão no presídio de segurança máxima de Bangu 1 serão transferidos para quartéis da PM. A remoção foi uma das reivindicações apresentadas aos parlamentares pelas mulheres dos militares.
Os Deputados da Comissão de Segurança Pública do Congresso Nacional receberam do Secretário de Governo do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Carlos Carvalho, a promessa de reparar a situação. “A notícia que recebemos é que as esposas podem procurar os comandantes das respectivas corporações, Bombeiro Militar, Polícia Militar e o Secretário de Segurança Estadual, pois já há uma garantia do governo para contornar essa situação de não manter os policiais militares presos em Bangu I”, afirmou Mendonça Prado.

Mulheres denunciam
As mulheres dos policiais e bombeiros presos apresentaram ainda à situação dramática de seus maridos em Bangu 1. Eliane Zanota, mulher de um bombeiro salva-vidas na praia da Barra da Tijuca, não escondeu à revolta. "Eles são profissionais concursados e especialistas em salvar vidas. Meu marido não roubou e não matou. Ele salva vidas. O comandante os colocou no pátio e disse que eles não são nada, que eles não prestam para nada e que não faz falta. O que eles estão pedindo é condição de trabalho", disse.
De acordo com Cristiane Daciolo, mulher do líder do movimento dos bombeiros, cabo Benevenuto Daciolo, também reclamou das prisões. "Eu estava no saguão do aeroporto aguardando o meu marido – eu e os meus três filhos – e não me deram a oportunidade de chegar perto dele. A causa é justa e sempre foi mansa, pacífica e ordeira. Em momento algum, houve depredação por esses profissionais", destacou.
Foram a Brasília em prol dos maridos presos: Daniele Felicissimo, esposa do Cabo Felicissimo; Ieda Andrade, esposa do Sargento Moisés Ferreira; Adriana de Oliveira, esposa do Cabo Vieira; Eliane de Puga Zanota, esposa do Cabo Zanota; Valéria Guedes, esposa do Sargento Guedes; Vera Regina Rabelo, esposa do Coronel Rabelo; e Cristiane Daciolo, esposa do cabo Benevenuto Daciolo.
Além dos presos em Bangu 1, há dezenas de outros PMS e bombeiros em prisão administrativa. A OAB e a Defensoria Pública do Rio também foram mobilizadas em busca de habeas corpus para a soltura definitiva dos presos.

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