Bombeiro e PM não são bandido. Liberdade para Daciolo. Todos às ruas!
Radicais
Por Israel Dutra Dutra
Não é a primeira nem a última vez que a Globo busca desmoralizar
movimentos grevistas. Como a grande organizadora, do ponto de vista
ideológico e político da burguesia e de seus governos, a Rede Globo
sempre atua nos "momentos-limites". Nos dias "normais", quando a luta
dos trabalhadores fica restrita a conflitos parciais, eventuais, mantém uma política de baixo perfil.
Porém, quando se desborda por alguma via a insatisfação social latente
num país de tantas desigualdades, os editorialistas da Globo não perdem
tempo. Quem não se lembra da criminalização de lideranças como José
Rainha, os operários da Mannesman, os moradores do Buraco do Gazuza em
Diadema, dos controladores aéreos. E a Globo faz isso diretamente
articulada com José Eduardo Cardoso, ícone do novo petismo. Como gestor
eficaz, enérgico, Cardoso faz coro com o Senador Aloyso, tucano
paulista, para quem os movimentos sociais são instrumentalizados por
"grupos radicais", que nada tem a ver com as reinvindicações. Na semana
em que o governo privatizou os aeroportos, também na retórica, se
igualaram petistas e tucanos: caça aos "radicais". Não se trata de
julgar as atitudes de um ou outro líder da greve. Isso é uma manobra
diversionista. O que está em questão é uma queda de braços entre as
baixas patentes das forças militares brasileiras e um Estado
concentrador de riqueza, controlado por banqueiros, construtoras,
investidores e ruralistas. Cada um escolhe seu lado. Os dados estão lançados.
O PSOL é um partido democrático e socialista que tem como objetivo estratégico construir um novo modelo político e econômico para o país no qual trabalhadores e classes médias decidam e comandem. Em seu funcionamento interno, garante a seus militantes o direito de se organizarem em tendências, agrupamentos internos para influenciar os rumos do partido.
O MES é uma dessas tendências. Surgiu antes mesmo do partido, em 1999, sendo uma das correntes fundadoras do PSOL. Encabeçou a luta contra a traição do PT em 2003, impulsionando, com centenas de outros militantes, o início da construção do novo partido. O MES esteve na linha de frente da coleta das 500 mil assinaturas para legalizar o PSOL.
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