terça-feira, 13 de março de 2012


Fora Ricardo Teixeira, um dia para comemorar. Uma vitória da mobilização do povo brasileiro. A luta continua até a vitória!
"Texto feito com o companheiro Pedro Souto, no final de 2010. Hoje é um dia para se comemorar como um título para o futebol brasileiro. Não podemos baixar a guarda, contudo. A luta apenas começa. ---- 
Unir o coro das torcidas: Fora Ricardo Teixeira! Pedro Souto e Israel Dutra - Seg, 13 de Dezembro de 2010 - Um dos melhores dramas de Shakespeare tem o nome de "Ricardo III" e conta a verídica história de ascensão e queda do rei mais impopular da história da Inglaterra. 
 
Às vésperas de sua derrota no campo de batalha, Ricardo III desdenha seu adversários, celebrando suas relações políticas "invencíveis". Alguma semelhança com personagem homônimo no atual cenário do Brasil? Passada as eleições temos pela frente uma pauta de grandes desafios para o Brasil e, principalmente, para o Rio de Janeiro nos próximos anos. A agenda esportiva de Copa do Mundo e Olimpíadas – esta no Brasil inteiro, mas com centro no Rio de Janeiro – já influi diretamente na política brasileira. O primeiro megaevento é a Copa do Mundo de 2014, e os rumos no qual caminham a organização precisam ser ao menos questionados. A maior competição de futebol do planeta terra tem como lastro aos países-sede grandes elefantes brancos, que no Brasil não significam só obras sem nenhuma serventia, como, muitas vezes, grandes objetos de superfaturamento. Exemplo disso é o Estádio Olímpico João Havelange, construído para os Jogos Panamericanos de 2007, que teve seu orçamento estourado em mais de 500% e as obras no entorno sequer foram realizadas. Para a Copa do Mundo a situação se vislumbra mais nebulosa ainda. 
No comando mundial a poderosa FIFA, denunciada recentemente por corrupção no ato de escolhas dos próximos países-sede. Em meio a estes esquemas internacionais, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol volta a ter seu nome ligado a graves denúncias de corrupção e esquemas envolvendo grandes montantes financeiros. Apadrinhado por João Havelange, a entrada de Ricardo Teixeira a frente da CBF, em remotos 1989, é apontada por Andrew Jenning – jornalista britânico e responsável por diversas denúncias contra a FIFA – como início de um boom de corrupção. Não é novidade nenhuma o nome de Ricardo Teixeira em denúncias do tipo. A CPI do Futebol concluiu que Teixeira a frente da CBF recorrentemente aplicava o mesmo tipo de esquemas de propina observados na FIFA, com os presidentes de Federações nacionais. Além disso, é denunciado também por lavagem de dinheiro em diversas de suas empresas. Teixeira, ainda segundo a CPI, tem três empresas registradas em seu nome, com lucros astronômicos em paraísos fiscais. A última e mais recente denúncia, é que o mesmo como pessoa física pode embolsar todo o lucro da Copa de 2014. O tempo urge, e cabe a nós elevarmos uma grande campanha FORA TEIXEIRA, nós torcedores e brasileiros não podemos assistir mais uma vez passivamente os saques aos cofres públicos, a redução de impostos à zero para grandes multinacionais em período de Copa do Mundo, o superfaturamento de elefantes brancos, tudo isso aliado ao grande descaso com o futebol brasileiro. É inadmissível que uma instituição esteja há 21 anos sob o comando da mesma figura, quase o mesmo período da ditadura militar brasileira, e que tal modelo seja reproduzido nas Federações e nos clubes pelo Brasil.
Somente um forte movimento contra a cabeça do crime no futebol brasileiro pode ser capaz de alterar este triste cenário. A campanha FORA TEIXEIRA deve unir todas as torcidas, utilizar ferramentas de mídia e redes sociais, atos criativos e marcantes nos estádios de futebol. A internet vai ser uma ferramenta fundamental para divulgação e ampliação de iniciativas nesse sentido. O ano de 2011 será marcado pela batalha para colocar fim no reinado mais impopular do futebol brasileiro.".

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