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Nota Pública do PSOL Gaúcho aos Professores e Funcionarios que estão paralisando suas atividades no estado e no Brasil
“CUMPRA-SE A LEI ! JÁ QUE DINHEIRO EXISTE.”
O Estado Rio Grande do Sul vive uma situação de perplexidade, de ilegalidade e de profunda injustiça social.
O Governo Tarso foi eleito com amplo apoio popular, em especial, da
categoria dos trabalhadores em educação que naquele momento confiaram na
promessa de pagamento do piso para professores e também para
funcionários de escola. O PSOL, já alertava para o fato de que tal
promessa não seria cumprida em função das alianças da candidatura Tarso e
pelos seus compromissos decorrentes da política nacional do PT. Por
isso, inclusive, o PSOL teve a candidatura de Pedro Ruas.
O
Governador Tarso Genro promulgou junto com o Presidente Lula a Lei do
Piso Salarial Nacional do Magistério, em 2008. E, depois, como Ministro
da Justiça, acenou para os trabalhadores da segurança pública com a
criação do seu Piso Salarial.
O primeiro é Lei, não cumprida
pelo governo do Rio Grande do Sul, portanto, pelo próprio Governador
Tarso Genro, assim como pela maioria dos governadores e muitos
prefeitos. O segundo, não passou de uma promessa, o que vem motivando
greves da segurança pelo país afora.
O Rio Grande do Sul foi
envergonhado pela ex-Governadora Yeda Crusius que tentou argüir
inconstitucionalidade da Lei do Piso do Magistério. No entanto, o
Supremo Tribunal Federal confirmou: A LEI DO PISO É CONSTITUCIONAL.
Agora, sob o Governo Tarso, nosso estado figura como que paga o pior
piso salarial dos professores do país(Folha de São Pulo, 05/03/12). E
tem um governo, que signatário da Lei do Piso se nega a cumprí-la. Por
isso, nós, lutadores sociais, organizados no PSOL-RS, reconhecemos que
qualquer índice de reajuste ou conquista dos trabalhadores em educação
se deve unicamente a força histórica de sua luta. E, mais, nos
levantamos, junto aos trabalhadores em educação e ao CPERS/Sindicato
para dizer: ‘CUMPRA-SE A LEI DO PISO SALARIAL”, que em 2012 é de R$
1.451,00.
Tarso envergonha o Rio Grande e pratica uma injustiça.
Injustiça porque sacrifica educadores, servidores da segurança, mas é
conivente com uma política de desonerações fiscais que beneficia
principalmente grandes empresários e multinacionais cujo valor alcançou
os R$ 11 bilhões em 2011.
E, principalmente, injustiça muitos, por
cometer outra ilegalidade: o fiel pagamento da Dívida com a União, que
consome 13% da nossa receita líquida, o que correspondeu a 2 bilhões de
reais em 2011.
Esse mecanismo da dívida é injusto. Inconstitucional.
Portanto, ilegal! Ela é cobrada a partir de contratos abusivos, como a
prática de juros sobre juros. O contrato da dívida é um mecanismo
extorsão de estados e municípios pela União para realizar o superávit
primário destinado a pagar os juros, amortizações e serviços da Dívida
Federal. Dívida que consumiu 45% do orçamento de 2011, o equivalente a
R$ 708 bilhões. Aliás, esse “sistema da dívida” está levando países a
bancarrota, como é o caso da Grécia, para salvar grandes bancos de
países ricos.
Esse sistema tem que ser enfrentado. Por isso, o PSOL
propõe a sociedade gaúcha e ao Governo Tarso, a supensão imediata do
pagamento da dívida do estado com União e a destinação dos recursos ao
cumprimento da Lei do Piso Salarial da Educação, ao atendimento das
reivindicações dos servidores da segurança e demais servidores públicos,
as necessidades prementes do povo trabalhador gaúcho.
E a
realização de uma Auditoria Pública, acompanhada pela sociedade civil –
uma auditoria cidadã – que temos certeza, comprovará as ilegalidades e
inconstitucionalidades da dívida do Rio Grande com a União.
Pela
destinação dos recursos públicos em benefício da maioria e contra a
submissão de nosso estado aos acordos com o Banco Mundial, aprovados por
todos “os partidos da velha política”, que prevêem ataques aos planos
de carreira. Assim, estamos junto com os trabalhadores em educação, os
servidores da segurança e os trabalhadores de nosso estado lutando por
suas justas reivindicações. O governo que não se engane: o castigo da
categoria pode atrapalhar seus planos eleitorais, como já aconteceu com
outros governos. Não os enganarão de novo!
Porto Alegre, de março de 2012.
Executiva Estadual do PSOL – RS
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