terça-feira, 12 de abril de 2011

Cooperativas X qualidade no serviço
Por Tatyana Luz
Não defendo Governo e muito menos Cooperativa, como usuária e moradora do DF (sofredora com os maus serviços prestados pela Coopatram), compreendo que foi dada oportunidade ao transporte clandestino (vans pirata) em legalização acerca dos seus seviços legalizandos e maior segurança aos usuários. A pirataria no DF, era um verdadeiro caos, os prestadores de serviço não tinham nenhuma responsabilidade com seus clientes, afinal eram clandestino.
Quando passamos para as cooperativas o que nós usuários sentimos é que a reclamação acerca de "rentabilidade das linhas" é acerca do pagamento de impostos, então o dinheiro arrecadado não é o mesmo de quando eram clandestinos. Quanto ao que o Governo prometeu, prefiro não entrar nos méritos, porque desconheço o acordo efetuado. Conheço apenas os maus serviços prestados por estas cooperativas.
Todas as linhas das cooperativas eram linhas que antes eram operadas por empresas de grande porte, particularmente no caso de Planaltina, eram linhas da Viplan e do próprio transporte clandestino. Apenas foram regularizadas e repassadas às cooperativas, além da substituição da frota sucateda da Viplan.
Quanto ao serviço a queda foi absurda na qualidade. Permaneceram a irresponsabilidade e falta de compromisso com a população.
Eles querem linhas das empresas grandes, linhas mais rentáveis, ora, como seriam estas linhas mais rentáveis?, pois temos duas vias de cooperativas que não dão certo nem em linhas grandes, quanto mais pequenas. As linhas Arapoanga e Vale do Amanhecer para o Plano Piloto são sempre cheias de passageiros, seja qual foi a hora, a passagem a mais cara do país e para a Coopatram não é rentável. Os microônibus sempre lotados, são linhas de pequenos percursos, não podem custar o mesmo que linhas de longa distância, a quantidade de passageiros é grande, mas ainda não é rentável para estas.
O problema desta "rentabilidade" se chama falta de Gestão, porque todas as cooperativas que estão com problema, sem exceção trabalham da seguinte forma:
- não cumprimento de horários
- desrespeito aos passageiros
- não cumprem obrigações com colaboradores
- criam e extinguem linhas a hora que querem e não dão satisfação à população.
E ainda querem aumentar a passagem??
Para que? Continuar a oferecer um péssimo serviço...
O mesmo digo das empresas grandes, não renovam frota, não respeitam usuários, mas pelo menos horarios são cumpridos a menos que o ônibus dá problema (frota sucateada) e não há substituição, o horário fura mesmo. Mas, infelizmente em relação o "menos pior" as cooperativas com seu péssimo serviço acaba granhando do mau serviço das empresas grandes.
Ao cidadão resta o que? Avaliar entre qual serviço é menos calamitoso em plena capital do País...
Não me conformo com isso!
O povo trabalhador não está pedindo esmolas, nenhum benéfício de graça, apenas pagamos a passagem mais cara do País e exijo um transporte que condiz com seu valor. Estamos pagando caro para termos nossos direitos nossos direitos violados.
Temos o direito a um transporte digno e de qualidade. Estamos nos sentindo submetidos a um tratamento desumano e degradante, o que fere o inciso III do Art 5º, da Constituição Federal.
Além disso, conforme o artigo 6º também da Constituição Federal, acerca dos direitos sociais, nossa cidade é totalmente agredida, pois nossos direitos à trabalho, segurança,
transporte e etc; estão totalmente comprometidos e degradados. Nossa demanda é urgente, nossos direitos são violados.
Cooperativas conheçam o significado de gestão, ética e comprometimento com clientes e passem a utilizá-los!

Cooperativas continuam processo com carreata pela Esplanada
Ariadne Sakkis, do Correio 
O comboio composto por mais de 250 ônibus de seis cooperativas de transporte coletivo do Distrito Federal deixou o estacionamento do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e seguiu rumo à rodoviária do Plano Piloto. Os veículos deram a volta na Esplanada dos Ministérios e depois pegaram o Eixão Sul, rumo aeroporto, como prosseguimento da manifestação. O destino do protesto após a carreata é desconhecido. Os trabalhadores ainda não decidiram se voltarão ao trabalho, se retornarão ao estacionamento ou se cancelarão as atividades nesta terça-feira (12/4).
A decisão de transformar a manifestação em carreata veio depois de uma tentativa de negociação fracassada com as autoridades da área de transportes. Diretores e presidentes das cooperativas saíram do encontro insatisfeitos com os propostas apresentadas pelo GDF.

Cooperativas de ônibus fazem manifestação no Buriti
De DFTV
Os moradores de Planaltina, Sobradinho, Brazlândia, Gama, Ceilândia, Paranoá, Recanto das Emas vão ter dificuldade para sair de casa e seguir para o trabalho ou escola.
Cinco cooperativas decidiram paralisar as atividades e fazer uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti nesta terça-feira (12). Eles mantiveram 30% do efetivo trabalhando para suprir a necessidade daqueles que precisam de transporte público.
A ideia das cooperativas era fazer uma fila em frente ao Buriti, mas a polícia, que já estava no local, impediu o ato. A expectativa é que 300 veículos participem da manifestação.
Paulo Sérgio dos Santos é proprietário de uma das cooperativas que participam da manifestação e disse que a promessa do DFTrans de emitir uma nova ordem de serviço para dar equilíbrio financeiro às cooperativas não foi cumprido.
“O DFTrans sabia que iríamos fazer essa manifestação, pois, no final do mês passado, nós paramos pelo mesmo motivo. O secretário de Transporte e o diretor do DFTrans prometeram que, no dia primeiro de abril, iriam entregar uma ordem de serviço dando equilíbrio financeiro para todas as cooperativas e isso não foi feito”, fala.

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