Transporte público não dá lucro? Então é obrigação do GDF prover!
Tatyana Luz
A reportagem do DFTV 1ª edição, apresentada no dia 17/03/2011, retrata parte do sofrimento que a população dos Bairros Arapoanga e Vale do Amanhecer está sofrendo. Mas uma coisa que provoca a ira e grande insatisfação é a falta de discernimento crítico (ou cinismo) para uma empresa alegar que um serviço essencial para uma população de 70 mil habitantes - usuários constantes do transporte público -, não é lucrativo. Todos questionam: porque, se a Coopatram não é lucrativa, ela não pede para realocá-la, decretar falência ou entrega as linhas? E do lado do poder público, se o serviço não é lucrativo para o empresário, a obrigação é que o GDF preste o serviço. Este é um direito garantido pela Constituição brasileira. Então, por que o governo do PT não cumpre e não apóia o trabalhador?
Contextualizando, as linhas que foram entregues pela Coopatram ao grupo Amaral, foram linhas do centro de Planaltina como a 620, 630, 618. As linhas do Arapoanga não eram para ser todas da Coopatram, a cooperativa fez uma troca entregando as linhas do centro de Planaltina, onde acabou por monopolizar o Arapoanga e o Vale do Amanhecer, pois as linhas 616.1, 643, 643.1, 643.2, 604.2, Arapoanga/Sudoeste, 650, 650.1 e 650.2 eram do Grupo Amaral.
Foram feitos acordos, onde a população não sabe o motivo e a Coopatram acabou ficando com todas estas linhas e tomando de conta de todas as rotas de ônibus dos bairros. Se não é lucrativo, porque o monopólio do local?
Então se 130 passageiros, como uma sardinha enlatada, pagando uma passagem de R$ 3,00 por cabeça, todos os dias não é lucrativo, eu, como gestora passaria as linhas adiante, não ficaria em um lugar onde não dá dinheiro.Faltou citar na referida reportagem as linhas de circulares que a cooperativa detêm no Plano Pilloto, onde a um olhar empírico contei mais de 10 linhas perfazendo percursos L2 Norte/Sul, W3 Norte/Sul, Plano Piloto/Sudoeste, Rodoviária/ Lago Sul, Rodoviária/ Nova Rodoviária, linhas nas quais um veículo fecha o caixa de um dia inteiro de trabalho com 128 passageiros, pagando uma passagem de R$2,00; visto que este quantitativo diminui em período de férias e que outras empresas como Grupo Amaral, VIPLAN, Riacho Grande, São José e TCB também operam. Então, a população afirma se ela quer ficar com os circulares do Plano Piloto, pode ficar tranquilamente, desde que nos deixe em paz.
Se a empresa não quer operar em Planaltina, que saia de uma vez, assim podemos colocar outras e viver nossa vida tranquilamente e como cidadãos com nossos direitos respeitados.
Cabe aos órgãos responsáveis pela fiscalização desta empresa, cumprir o seu verdadeiro papel e nos fornecer uma solução imediata, pois já vivemos dois anos neste caos. Apelamos para exigir a retirada imediata da Coopatram e colocação de concorência, ou seja, duas outras empresas. Que o Governo do Distrito Federal cumpra seu compromisso com a população em favor do bem comum.
Reafirmo, Coopatram não tem estrutura gerencial e muito menos moral para voltar a circular em Planaltina novamente. Precisamos de um serviço que nos atenda, apenas com a concorrência conseguiremos isto, ou seja, colocação de no mínimo duas empresas de verdade, com gestão e compromisso com a população!
Do DFTV:
Greve dos funcionários da Coopatram prejudica 25 mil pessoas todos os dias
Funcionários da cooperativa afirmam que só voltam a trabalhar quando receberem os salários atrasados. Empresa diz que opera linhas pouco lucrativas e tem dívida de R$ 1,5 milhão.
Os 300 funcionários da Coopatran estão em greve sexta-feira. A empresa é responsável pelas linhas entre Planaltina, Arapoanga e Mestre d'Armas e Plano Piloto, e a paralisação prejudica diariamente 25 mil pessoas. Os rodoviários estão irredutíveis e reclamam de salários atrasados e do descumprimento do acordo coletivo pela empresa.
A Coopatran afirma que as linhas que opera não são lucrativas e por isso atrasou os salários. A empresa informou que tem uma dívida de R$ 1,5 milhão com o BRB e não tem condições de pagar os funcionários. O DFTrans desviou 44 ônibus de outras empresas para Planaltina para diminuir os prejuízos aos passageiros.
“O governo passado cometeu uma irresponsabilidade ao colocar essas cooperativas sem fazer um planejamento, um estudo para que elas operassem bem. Nós estamos buscando uma solução definitiva para as cooperativas e para todo o transporte do DF”, afirma o diretor do DFTrans, Lúcio Lima.
A Redação Móvel acompanhou a rotina dos moradores da cidade nesta quinta-feira. Com a greve, a maioria dos moradores do Vale do Amanhecer e do Arapoanga está pegando ônibus na rodoviária de Planaltina. Os veículos muitas vezes já saem lotados do terminal.
Kenzô Machida
A PLANETA CIRCULOU POR UMA SEMANA EM PLANALTINA, EPOR SER UMA DAS EMPRESAS QUE CONSIDERO BOA.PODERIA OCUPAR A VAGA DA EMPRESA COOPATRAM,POIS E UMA EMPRESA MAIS ESTRUTURADA,ONDE PODE DAR SEGURANÇA TANTO PARA OS PASSAGEIROS COMO TAMBEM PARA SEUS FUNCIONARIOS.DIGO ISSO TAMBEM PORQUE ESTOU ESPERANDO A PLANETA ME CHAMAR E PORQUE SOU APAIXONADO POR TRANPORTES
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