A era da #juventudeindignada
Por Mariana Resende*
Aconteceu em Goiânia, do dia 13 de julho a 17 de julho, o 52º Congresso dos Estudantes da Une. Sim, a UNE ainda existe e é um forte instrumento de luta dos estudantes brasileiros. Vivendo atualmente de sua história de lutas e resistência na época da ditadura, a UNE, desde esta época, vem sumindo do espaço político brasileiro e grande parte dos estudantes nem sabem que ela ainda existe. Devemos isso a atual direção da UNE, que há 20 anos assola uma das entidades mais importantes dos estudantes, fazendo com que os estudantes não se organizem tanto quanto poderiam em suas universidades e escolas.
Apesar disso, posso afirmar que esta UNE ficou para história. Marcou por ter tido a maior bancada de oposição de esquerda de sua história. Marcou, pois mostrou que acima de todas as diferenças que possam ter as mais variadas forças que compõem esta esquerda, a unidade falou mais alto. A composição de um Bloco de Esquerda unificado, juntos em torno de uma chapa que era a expressão daquela #juventudeindignada ali presente. Mostrou que realmente a juventude está na ativa mais do que nunca, que não se furtará a lutar e reivindicar por um mundo melhor.
O mais importante do CONUNE, além do aumento expressivo da bancada de oposição, é a unificação de um calendário de lutas, sobretudo em torno da construção de um grande Acampamento Mundial da Juventude no dia 15/out/2011. Os últimos levantes da Ásia, Europa e na América latina demonstram que o caminho é a unificação da intervenção de esquerda. Nesse propósito atua o coletivo Juntos!, com a finalidade de agrupar os setores de esquerda da juventude, de ampliar nosso poder de intervenção e de conquistar cada vez mais mentes e corações. E qual a prova de que estamos no caminho certo? Os fatos, aqueles que nunca erram e que sempre nos dão a dimensão de nossas ações na realidade. E os fatos, expressos nos números, demonstram nosso crescimento gigantesco do último período, que mais que quadriplicou nossa bancada desde o último Conune.
E para isso militamos e trabalhamos, para fazer com que a UNE volte a ocupar um espaço que é seu de direito, que a história, tão bem contada nos livros, mostra – uma UNE combativa, independente, que seja ampla e democrática – e nos façam sentir orgulho de fazer parte da construção dessa história. A UNE está aí para ser disputada e ocupada por nós, a #junventudeindignada!!!!
Avante camaradas!
* Mariana Resende é membro da Direção Nacional do Juntos! e estudante de Comunicação da Universidade Católica de Brasília
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