Juventude: tomar o partido.
Tomamos partido. Somos PSOLPor B&D, publicado por Edemilson Paraná
Não podemos aceitar como natural que o controle sobre nossos corpos, nossos úteros, seja objeto de negociações espúrias em momentos eleitorais e pela “governabilidade”.
Não deve parecer natural que sejamos impedidas/os de nos amarmos e de desenvolver livremente nossa sexualidade. Não é natural que tantas/os gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais sejamos simbólica e fisicamente agredidas/os todos os dias no Brasil.
Definitivamente, não é natural a cor da pobreza, dos presídios e das periferias. Não pode ser natural o massacre contra a juventude negra, nas ruas e nos porões policiais herdados da ditadura e ainda em funcionamento. Não é natural que sejamos estigmatizadas/os e desvalorizadas/os em todos os ambientes sociais pelo fato de sermos negras/os.
Não deve parecer natural que milhões de famílias trabalhadoras vivam sem moradia digna e paguemos tão caro pelo aluguel, enquanto milhões de imóveis permanecem desocupados nos centros urbanos, servindo unicamente ao lucro de uns poucos, à especulação imobiliária.
Não é obra da natureza a destruição acelerada da nossa biodiversidade, do Cerrado, da Caatinga, da Amazônia e dos modos de vida das populações originárias e tradicionais por um sistema de produção injusto, predatório e concentrador de renda e de terras.
Não é natural que os governos direcionem a maior parte dos recursos que tomam dos pobres para pagar juros a rentistas ricos, construir estádios de futebol megalomaníacos e financiar grandes empresas.
Não deve parecer natural o sucateamento e a privatização da saúde, a submissão de uma necessidade humana tão básica à lógica excludente e voraz do lucro, deixando de concebê-la e realizá-la como direito inegociável de todas e todos.
Não são naturais a mercantilização do conhecimento e da cultura, a burocratização da universidade, a educação para a domesticação e não para a autonomia e a transformação.
Não é natural que os meios de comunicação de massa silenciem sobre isso tudo, ou pior, criminalizem os movimentos que lutam contra esse estado de coisas.
Diante dessa realidade, não é tempo de niilismo, nem de escapismo. Não é tempo de indiferença.
Não é tempo de lamentar pelo passado, de sonhar eternamente com o que poderia ter sido e que não foi, nem de especular em vão sobre o futuro.
É tempo de tomar o presente em nossas mãos.
É tempo da coragem de lutar e criar.
É tempo de ir de mãos dadas.
É tempo de tomar partido.
Tomamos partido porque não suportamos esperar em cima dos muros erguidos pelo apartheid social do capitalismo e pelo fundamentalismo. Não é possível destruí-los, no entanto, fingindo que não existem ou alinhando-nos a quem os constrói ou é conivente com eles. Precisamos decidir de que lado estamos, para saber com quem vamos derrubá-los.
Tomamos partido pelo socialismo e pela liberdade.
Tomamos partido, somos PSOL!
Assinam esse manifesto
1 – Aurélio Faleiros, graduando em Direito na UnB
2- Ayla Viçosa, graduanda em Ciências Sociais na UnB
3- Blenda Peixoto, graduanda em Serviço Social na UnB
4- Caio Jardim, graduando em Ciência Política na UnB
5- Camila Monteiro Damasceno, graduanda em Medicina na UnB
6- Candida Souza, servidora pública e doutoranda em Psicologia na UnB.
7- Carolina Santos Souto de Andrade, graduanda em Ciência Política na UnB
8- Daniel Jacó, graduando em Direito na UnB
9- Danniel Gobbi, graduado em Relações Internacionais na UnB e Gestor de Políticas Públicas do MPOG.
10- Diego Castro, graduando em Direito no UniCEUB, Gestor do Projeto 10porhora, Articulador de Sustentabilidade e Colaboração Social do Coletivo Palavra
11- Diogo Carayannis Cardeal, graduando em Direito na UnB
12- Edemilson Paraná, jornalista, assessor de imprensa no Ministério Público da União e mestrando em Sociologia pela UnB
13- Érika Lula de Medeiros, advogada no CEDECA-DF e secretária executiva da JusDh.
14- Fábio Felix, mestrando em Política Social na UnB e Assistente Social do GDF
15- Gabriel Santos Elias, mestrando em Ciência Política na UnB
16- Gustavo Belisário, graduando em Ciência Política na UnB
17 – Gustavo Moreira Capela, mestrando em Direito na UnB
18- Hugo Sousa de Fonseca, graduando em Direito na UnB
19- Isabela Bentes Abreu Teixeira, mestranda em Sociologia na UnB
20 – Isabela Botelho Horta, jornalista graduada pela UnB
21 – Ivan Belinky Heusi, graduando em Ciencias Ambientais na UnB
22 – Ivanei Matos de Souza, graduado em Administração
23 – Jady Caffaro, graduando em Publicidade no UniCEUB
24 – Jarbas Ricardo Almeida Cunha, mestrando em Política Social na UnB e Servidor da Fiocruz
25- João Telésforo, mestrando em Direito na UnB
26- João Vitor Rodrigues Loureiro, mestrando em Direitos Humanos e Cidadania na UnB
27 – Julia Zamboni , mestre em Comunicação pela UnB
28 – Laila Maia Galvão, mestre em Direito pela UFSC, doutoranda em Direito pela UnB
29 – Leandro Santos Lobo, graduando em Ciência Política na UnB
30 – Luiz Eduardo Sarmento Araújo, graduando em Arquitetura na UnB
31 – Maiara Zaupa Totti, graduanda em Ciência Política na UnB
32 – Márcio Freitas Filho, advogado, graduado pela UnB
33 – Marcos Vinícius Lustosa Queiroz, graduando em Direito na UnB
34 – Maria Goreth Lustosa Avelino, organizadora de eventos
35 – Mayra Cotta Cardozo de Souza , advogada e Mestre em Direito pela UERJ
36 – Natália Maria Alves Machado, antropóloga
37 – Nohara Coelho, graduanda em Direito na UnB
38- Octávio Henrique Bernardo Torres, graduando em Direito na UnB
39 – Rafael de Acypreste Monteiro Rocha, graduando em direito na UnB
40 – Thomaz Monclaro, médico graduado pela ESCS
41- Felipe Areda, antropólogo, educador social e trabalhador da Política de Assistência Social
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