DILMA TIRA DINHEIRO DOS POBRES E TRABALDORES E REPASSA AOS
BANCOS
O Orçamento
da União para 2012, prevê a destinação de R$ 1,014 trilhão para o pagamento de
juros e amortizações da dívida pública (antiga dívida externa que foi repassada
para os bancos brasileiros), o que representa 47,19% de todo o orçamento.
Enquanto isso será destinados apenas 18,22% para a Previdência Social, 3,98%
para a saúde, 3,18% para a Educação, e 0,25% para a Reforma Agrária, conforme
se vê no gráfico a seguir.
Apesar de
grande mobilização dos aposentados (reivindicando aumento real para as
aposentadorias maiores que um salário mínimo) e dos servidores públicos do
Judiciário (pela recomposição de perdas inflacionárias), o governo Dilma não
acatou nenhum destes pleitos, alegando “falta de recursos” e a crise
internacional. Desta forma, o governo “combate” a crise da mesma forma que os
países do Norte: cortando gastos sociais para salvar o setor financeiro
(Bradesco, Itaú e Santander).
A extrema
intransigência da Presidente Dilma gerou revolta entre os parlamentares da
própria base do governo. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) chegou a
executar uma manobra de “obstrução”, por meio do pedido de verificação de
quorum, o que faria a sessão se encerrar, e a votação do orçamento ser adiada
para o ano que vem. Porém, diante da pressão da base do governo, Paulo Pereira
aceitou retirar o pedido de verificação, aceitando em troca apenas a promessa
do governo de que irá negociar tais pleitos, além da mera troca do negociador
do governo (Duvanier Ferreira seria substituído pela Secretária da Ministra do
Planejamento, ou pelo Ministro Gilberto Carvalho). Ou seja: na prática, nada
garante que haja um aumento nos recursos para os aposentados ou servidores
públicos.
As
aposentadorias no valor de um salário mínimo receberão um aumento real,
equivalente aos 7,53% aplicados ao salário mínimo. Apesar de o governo festejar
este aumento, cabe ressaltar que, desta forma, o governo Dilma acumulará, em
seus dois primeiros anos, um aumento real médio anual de 3,4%, inferior até
mesmo à média de FHC. Continuando-se nesta média anual, serão necessários 37
anos para se chegar aos R$ 2.349,26 exigidos pelo art. 7º, IV da Constituição,
que garante um salário que garanta “moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social”.
A imprensa,
colaboracionista do corrupto sistema financeiro, festeja – dos jornais Estado
de São Paulo e Correio Braziliense - mostram o crescimento brutal do
endividamento devido às altas taxas de juros, e também à emissão de mais
títulos da dívida para a obtenção de recursos – aos maiores juros do mundo -
para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) emprestar a
empresas privadas cobrando taxas bem menores.
Finalmente,
no plano externo, é interessante destacar também as notícias – dos jornais
Valor Econômico e O Globo - que mostram os privilégios dos bancos, que são
salvos pelo estado com dinheiro público. Enquanto o primeiro traz artigo de um
ex-economista chefe do FMI, reconhecendo que os bancos privados foram salvos às
custas do Estado, o segundo mostra a ajuda de meio trilhão de euros do Banco
Central Europeu aos bancos privados, a juros de 1% ao ano, para que estes
bancos emprestem aos países, ganhando taxas de juros 5 vezes maiores, ou seja,
ganhando às custas do povo.
BRASIL 6ª ECONÔMIA DO MUNDO: ESPECULAÇÃO MENTIROSA QUE NEM A
BURGUESIA BRASILEIRA ACEITOU
Historiador britânico denuncia as maracutaias de agências especulativas
para aprimorar a rapinagem no Brasil.
Kenneth
Maxwell*
O Brasil
recebeu uma espécie de beneplácito para terminar 2011. O Centre for Economics
and Business Research (CEBR), uma organização londrina de pesquisa, informou
que o Reino Unido agora é a sétima maior economia do planeta, atrás do Brasil.O CEBR prevê que o Reino Unido, em breve, será superado por Rússia e Índia. No momento, as maiores economias mundiais são, pela ordem, Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França e Brasil.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mencionou com satisfação, no site de seu ministério, o relatório do CEBR. No início de dezembro, ele recebeu em Brasília a diretora-executiva do FMI, Christine Lagarde, com o seguinte comentário: "Para nós, é uma grande satisfação que, dessa vez, o FMI não tenha vindo ao Brasil para trazer dinheiro, como no passado, e sim para solicitar que emprestemos dinheiro aos países desenvolvidos".
O relatório do CEBR, na verdade, confirmou a previsão anterior do FMI, de que o Brasil seria a quinta maior economia mundial em 2016.
A população brasileira é três vezes maior que a do Reino Unido e, portanto, sua renda per capita é equivalente a um terço da britânica. Mas a classe média brasileira está crescendo. A economia do país continua, em larga medida, voltada ao mercado interno, o que oferece algum lastro contra as flutuações extremas da economia internacional. E essa posição favorável é reforçada por poderosas companhias estatais, banco de desenvolvimento nacional e fundos de pensão do setor público brasileiro, bem como pelo vigor do setor privado.
Mas há preocupações. Entre elas, os preços voláteis das commodities nos mercados internacionais, o risco de inflação e as taxas de juros reais muito elevadas. A mais grave delas, porém, refere-se à educação. A falta de profissionais qualificados no setor de alta tecnologia é um sério obstáculo ao crescimento futuro.
A associação setorial Brasscom estima que haja um deficit de 45 mil profissionais no setor de tecnologia de comunicações. Só 33 mil formandos devem ingressar no mercado em 2014, quando 78 mil seriam necessários. O problema é agravado pela baixa qualidade do ensino básico de matemática e pelo alto índice de abandono de cursos. Infelizmente, remediar tais deficiências não é prioridade do governo.
Douglas McWilliams, presidente do CEBR, disse ao jornal "Financial Times" que "o Brasil derrotou os países europeus nos campos de futebol, mas derrotá-los economicamente representa um novo fenômeno". Para consolidar esses avanços econômicos, será preciso um esforço mais urgente e sustentado em longo prazo para melhorar a educação, especialmente o ensino básico, sobretudo na área de ciências.
KENNETH MAXWELL - historiador britânico, especialista em História Ibérica e das relações entre Brasil e Portugal no século XVIII, sendo um dos mais importantes brasilianistas Inglês.
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