Comissão
de Mulheres e esposas de Bombeiros e PM’s do RJ consegue transferência de presos
Em reunião
da Comissão de Segurança Pública foi solicitada para ouvir as reivindicações da
comitiva das esposas dos militares presos e tentar mediar os conflitos por meio
do Congresso Nacional. Durante o evento, foi questionado o tratamento dado aos
bombeiros e policiais militares encarcerados em prisão comum, em virtude da greve
da categoria nos Estados da Bahia e Rio de Janeiro, bem como os abusos das
gravações veiculadas na imprensa que feriram a imunidade parlamentar.
No decorrer da reunião informal
da Comissão, realizada na tarde de ontem, em apoio às esposas dos militares
presos no Rio de Janeiro, o deputado federal Mendonça Prado (DEM/SE),
presidente da Comissão, designou o deputado Dr. Carlos Alberto para entrar em
contato com governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a fim de buscar uma
solução imediata para a transferência dos militares ou a sua libertação. Ainda
no início da noite de terça-feira (14) foi comunicado que os nove bombeiros
militares e os 17 PMs que estão no presídio de segurança máxima de Bangu 1
serão transferidos para quartéis da PM. A remoção foi uma das reivindicações
apresentadas aos parlamentares pelas mulheres dos militares.
Os Deputados da Comissão de
Segurança Pública do Congresso Nacional receberam do Secretário de Governo do
Estado do Rio de Janeiro, Wilson Carlos Carvalho, a promessa de reparar a
situação. “A notícia que recebemos é que as esposas podem procurar os
comandantes das respectivas corporações, Bombeiro Militar, Polícia Militar e o
Secretário de Segurança Estadual, pois já há uma garantia do governo para
contornar essa situação de não manter os policiais militares presos em Bangu
I”, afirmou Mendonça Prado.
Mulheres denunciam
As mulheres dos policiais e bombeiros presos apresentaram
ainda à situação dramática de seus maridos em Bangu 1. Eliane Zanota, mulher de
um bombeiro salva-vidas na praia da Barra da Tijuca, não escondeu à revolta.
"Eles são profissionais concursados e especialistas em salvar vidas. Meu
marido não roubou e não matou. Ele salva vidas. O comandante os colocou no
pátio e disse que eles não são nada, que eles não prestam para nada e que não faz
falta. O que eles estão pedindo é condição de trabalho", disse.
De acordo com Cristiane Daciolo, mulher do líder do
movimento dos bombeiros, cabo Benevenuto Daciolo, também reclamou das prisões.
"Eu estava no saguão do aeroporto aguardando o meu marido – eu e os meus
três filhos – e não me deram a oportunidade de chegar perto dele. A causa é
justa e sempre foi mansa, pacífica e ordeira. Em momento algum, houve
depredação por esses profissionais", destacou.
Foram a
Brasília em prol dos maridos presos: Daniele Felicissimo, esposa do Cabo
Felicissimo; Ieda Andrade, esposa do Sargento Moisés Ferreira; Adriana de
Oliveira, esposa do Cabo Vieira; Eliane de Puga Zanota, esposa do Cabo Zanota;
Valéria Guedes, esposa do Sargento Guedes; Vera Regina Rabelo, esposa do
Coronel Rabelo; e Cristiane Daciolo, esposa do cabo Benevenuto Daciolo.
Além dos presos em Bangu 1, há dezenas de outros PMS
e bombeiros em prisão administrativa. A OAB e a Defensoria Pública do Rio
também foram mobilizadas em busca de habeas corpus para a soltura definitiva
dos presos.
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