Sempre ao lado dos trabalhadores!
Por Janira Rocha, em http://www.janirarocha.com.br
As
posições políticas assumidas pelo meu mandato durante o processo de
mobilização das forças de segurança por todo o Brasil vem sendo, por
ocasião do vazamento parcial de uma conversa com o Cb BM Benevenuto
Daciolo, criminalizadas por parte da grande mídia. Nosso envolvimento
com as categorias de profissionais da área não é de hoje. No ano passado
ganhamos notoriedade junto ao movimento dos Bombeiros, apoiando as
demandas e influindo diretamente no movimento ao ponto de alcançar apelo
na sociedade carioca e brasileira a despeito das declarações do
Governador Sérgio Cabral e da linha editorial destes mesmos veículos.
Assim como a posição nacional do partido - de solidariedade às justas demandas das forças de segurança pelo Brasil e em defesa da PEC 300 - sempre me mostrei solidária ao movimento reivindicatório da Bahia, entendendo que as atitudes extremas adotadas pelo movimento baianos eram nada mais do que um reflexo da falta de diálogo do Governador Jaques Wagner. Tal posição política foi objeto de artigo difundido na segunda-feira, dia 6, em que deixei bastante evidente a preocupação com as consequências para a população.
A
divulgação do grampo telefônico da Polícia Federal se trata de um forte
ataque a democracia, pela quebra do sigilo de uma parlamentar. Somente
um trecho da conversação que foi veiculado no Jornal Nacional no dia de
ontem. A movimentação, no entanto, faz parte de uma articulação política
do nosso mandato. Um dos líderes do movimento dos Bombeiros, Cb
Daciolo, me procurou ao ser chamado para contribuir no processo de
negociação da crise na Bahia a convite do juiz da Auditoria Militar,
Barroso Filho. Perguntou-me a opinião sobre esta iniciativa. Eu o
incentivei a buscar uma saída justa para os profissionais que lá se
encontravam. Daciolo também atuou como um representante da Aspra-BA,
que, até então, era mantida fora da mesa de negociações com o governo.
Em
meio a esse processo, ele me ligou e disse: “O processo de negociação
está difícil. Eles não conseguem chegar num acordo. O que foi mais
divulgado foi uma proposta que dariam uma parcela da gratificação pedida
pelos policiais em novembro e o restante até 2015. Mas não avançaram
nenhum milímetro em relação a não criminalização e não prisão dos
dirigentes. Achamos que essa proposta é ruim. O que a sra. acha?”. O
trecho em questão não faz parte do material divulgado pela imprensa,
exatamente pelo papel político que tais meios assumem em relação às
justas reivindicações do movimento. Minha resposta, dado minha avaliação
e experiência enquanto militante sindical, era de que a correlação de
forças mudaria caso, nacionalmente, as mobilizações programadas
acontecessem. Com isso a garantia da anistia dos envolvidos com o
movimento baiano seria mais fácil, dado a nacionalização dessa questão.
Portanto, o trabalho do Daciolo por uma solução positiva para os
companheiros da Bahia, seria mais efetivo na organização do movimento
fluminense.
Toda
minha movimentação neste processo dentro da Alerj, demonstra minha
preocupação com as consequências para a sociedade. No dia 07 deste mês,
por exemplo, deixei claro que o movimento do Rio teria rumos diferente
dos tomados na Bahia. “A despeito das notícias de que o movimento
articula as piores coisas em relação à população, no Rio de Janeiro, as
pessoas que estão se mobilizando para construir aqui uma greve, uma
operação padrão – eles vão discutir o que será na sexta-feira – têm,
sim, preocupação com a população. Eles estão discutindo a garantia do
efetivo de 30%, eles vão mandar recado para a bandidagem, eles vão dizer
para a bandidagem que não permitirão o que está acontecendo na
Bahia.(..)Na greve daqui, a orientação é que não tenham armas, não
existirão ocupações armadas.”
E,
ao contrário do que se propaga, apontei que a crise na segurança
pública era de responsabilidade do governo. O único capaz de construir
uma alternativa, de valorização das corporações é o Poder Executivo do
RJ. Como destaquei também no discurso do dia 7: “Portanto, a questão não
está na mão da Assembleia Legislativa, está na mão do Governador do
Estado.”
Reforçamos
nossa posição nessa crise: ao lado dos trabalhadores, ao lado dos
servidores, ao lado da sociedade. Pela valorização salarial desses
profissionais e pela não criminalização dos movimentos legítimos de
reivindicação das categorias.
Veja também o vídeo:
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