sábado, 13 de agosto de 2011

Líder da Oposição de esquerda da UNE reivindica união da juventude com bombeiros
Por Marcello Barra
Originalmente publicada em 11/Agosto/2011 e atualizada em 13/Agosto/2011
O bombeiro Daniel Câmara e o líder da oposição de esquerda da UNE, Rodolfo Mohr, debateram a luta política de bombeiros e juventude, na Universidade Católica de Brasília ontem (10) à noite.
O bombeiro Daniel Câmara relatou a história de luta dos bombeiros que começou com um pequeno grupo de praças, mas que se expandiu com a adesão de bombeiros do interior do estado do Rio de Janeiro e culminou em amplo apoio social das massas.
"Conseguimos a anistia estadual administrativa através da pressão que exercemos na ALERJ com o imensurável apoio da Janira Rocha e do Marcelo Freixo (PSOL) e sancionada pelo governador Cabral", disse o bombeiro Câmara. E resumiu: "A luta pela anistia que agora se dá (criminal) é no âmbito federal, pois todos os bombeiros outrora presos continuam sub-júdice.

"Sem a extinção de seus processos podem vir a ser condenados e aí está o nosso problema, se isso ocorrer além de voltarem a ser encarcerados, se sofrerem condenação superior a 2 anos serão por força do regulamento militar expulsos. Logo, a briga se dá principalmente em Brasília para que se conclua a tramitação da anistia federal no Congresso e seja sancionado pela Dilma", concluiu o bombeiro Daniel Câmara.
Daniel destacou a participação dos bombeiros na luta da PEC 300 por salários melhores para policiais militares, bombeiros e trabalhadores da segurança pública.
O bombeiro sublinhou ainda que todas as bancadas da Câmara dos Deputados assinaram o apoio à PEC 300, com uma única exceção: o PT. Ou seja, de Partido dos Trabalhadores virou Partido dos Traidores.
Líder da oposição de esquerda da UNE, Rodolfo Mohr participou do debate no mesmo dia de sua posse. Rodolfo destacou a importância de ter discursado para policiais militares, tradicionalmente quem reprime os estudantes nas manifestações de rua, em nome da burguesia.
A presença de Rodolfo no ato representa um ponto de inflexão na história, como tantos outros que estão surpreendendo o mundo: da repressão para união dos agentes da segurança pública com os estudantes. Rodolfo fez um chamado para a unidade dos dois setores, ressaltando que os “estudantes nunca conseguiram ser protagonistas sozinhos da história”.

O debate foi aberto aos participantes e concluido por Mariana Resende que ressaltou o Juntos – juventude em luta! como uma novidade da juventude brasileira, inspirado pelo processo revolucionário que ocorre no mundo. Segundo Mariana é um processo ininterrupto que começou na Tunísia no norte da África, foi para países do Oriente Médio, chegou na Europa e agora está na América Latina, com o Chile. O Juntos! inova ao lutar e reivindicar uma frente ampla de oposição de esquerda contra entidades estudantis entregues à cooptação, privatização da educação e dificuldades de emprego e sobrevivência para os jovens.

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